O Novo Despertar
- Maria Paula Carvalho
- 5 de jun. de 2017
- 2 min de leitura
PARIS - O que tem em comum um cacique indígena da Amazônia, um marinheiro do Rio, uma estudante de Curitiba, um fazendeiro paulista e cientistas do mundo inteiro? Todos estão preocupados com o futuro do planeta.
O Novo Despertar, projeto que compartilho agora, em parte, trata do maior desafio da humanidade neste século. Nações desenvolvidas e em desenvolvimento admitem responsabilidades e precisam seguir em frente com seus planos climáticos.
Como jornalistas brasileiros, Rodrigo Junqueira, Bruno Veiga e eu estamos preocupados com a falta de informações sobre o impacto das mudanças do clima. E decidimos investigar.
Nossa primeira cobertura estratégica foi a COP21 em Paris. Com a ajuda do World Resources Institute e Uma Gota no Oceano, entrevistamos líderes indígenas e algumas das mais renomadas personalidades internacionais.
Perguntamos como o aumento da temperatura no planeta ameaça as diferentes espécies? Quais são os efeitos já visíveis? Qual é o papel dos povos indígenas nesse frágil equilíbrio?
As terras indígenas estão em perigo e o mundo não está prestando atenção. Os índios estão sendo dizimados ou removidos de suas reservas, especialmente por causa da agricultura extensiva e projetos controversos de hidrelétricas. No entanto, essas comunidades estão mais próximas da terra do que o resto de nós. E precisamos que seus conhecimentos cheguem ao público em geral.
O aquecimento global diz respeito à saúde, à segurança hídrica, à produção de alimentos e energia, obrigando a humanidade a evoluir de sua dependência aos combustíveis fósseis.
Especialistas internacionais e lideranças indígenas explicam os riscos das mudanças climáticas, avaliam a forma como os governos são organizados para resolver o problema e analisam as oportunidades na transição para uma economia verde.
O Novo Despertar acredita que trazer uma mudança de perspectiva ajudará a criar soluções específicas, incentivos e sanções. A urgência, afinal, pode reunir as pessoas e estimular a transformação; essa é a nossa esperança.
Por fim, acreditamos que dar voz global aos povos indígenas faz parte de uma resposta prática, moral e mesmo espiritual para salvar o meio ambiente. E por isso contamos com o apoio de todos aqueles que, como nós, reafirmam o seu compromisso de tentar conter essa ameaça global. Juntos, somos fortes!
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